Boi, café, milho e soja têm novas altas

Vamos Agro

Boi: indicador do Cepea chega a R$ 320 pela primeira vez na história

O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de alta dos preços e chegou a marca de R$ 320 por arroba pela primeira vez na história. A cotação variou 1,04% em relação ao dia anterior e passou de R$ 316,7 para R$ 320 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 19,78%. Em 12 meses, os preços alcançaram 60,72% de alta.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 voltaram a recuar. O vencimento para abril passou de R$ 314,25 para R$ 312,75, o para maio foi de R$ 309,65 para R$ 306,75 e o para outubro, de R$ 326,4 para R$ 326,4 por arroba.

Milho: cotações seguem firmes com cenário de oferta restrita

O cenário de oferta restrita segue sustentando as cotações do milho no mercado brasileiro, que cada vez mais tem preços buscando os R$ 100 por saca, de acordo com a Safras & Mercado. A cotação ficou em R$ 99/100 em Cascavel (PR), e em Campinas (SP), o preço ficou entre R$ 100 e R$ 102 por saca.

Em Chicago, o dia também foi de valorização dos contratos futuros do milho. O clima ruim na América do Sul tem sustentado a alta das cotações, pois favorece a demanda pelo cereal produzido nos Estados Unidos. O vencimento para maio subiu 2,41% e ficou cotado a US$ 5,94 por bushel, renovando a máxima do ano.

Soja: saca volta a subir apoiada por Chicago

O mercado brasileiro de soja voltou a apresentar preços mais altos, porém, de acordo com a consultoria Safras & Mercado, o fato de Chicago e do dólar terem atuado em direções opostas fez com que os negócios ficassem travados. Em Passo Fundo (RS), a saca passou de R$ 169,50 para R$ 171, e no porto de Paranaguá (PR), ficou estável em R$ 176.

Em Chicago, após alguns dias de baixas, as cotações da soja subiram de maneira expressiva. O mercado especulou a possibilidade de transferência da área da oleaginosa para o milho nos Estados Unidos. Com isso, o contrato para maio fechou em alta de 1,47% a US$ 14,10 por bushel.

Café: arábica tem valorização pelo sétimo dia consecutivo

O indicador do café arábica do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, alcançou o sétimo dia consecutivo com valorização. A cotação variou 1,79% em relação ao dia anterior e passou de R$ 730,81 para R$ 743,91 por saca. Desta forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 22,62%. Em 12 meses, os preços alcançaram 27,8% de valorização.

Em Nova York, pelo terceiro dia seguido as cotações do café arábica subiram acima de 1% na comparação diária. O contrato com vencimento para julho, o mais líquido no momento, teve alta de 1,59% e passou de US$ 1,3195 para US$ 1,3405 por libra-peso.

Fonte: Canal Rural

Exportação de algodão do Brasil atinge maior volume da história

Algodão

As exportações brasileiras de algodão no primeiro trimestre deste ano, de 731,4 mil toneladas, atingiram o maior volume da história, aponta a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em comunicado divulgado nesta segunda, 12. Os embarques da pluma brasileira avançaram 18% na comparação com os três primeiros meses de 2020, quando o Brasil exportou 619,5 mil toneladas.

“Esse cenário faz com que a distribuição dos embarques de exportação fique mais equilibrada, diferentemente de anos anteriores, quando o volume embarcado representou 70% somente no 2º semestre do ano”, disse o presidente da Anea, Henrique Snitcovski, no comunicado.

A Anea prevê que 54% das exportações totais de algodão da temporada atual tenham sido realizadas no segundo semestre do ano passado e 46% sejam embarcadas no primeiro semestre deste ano. “Essa regularidade (no fornecimento) traz credibilidade e segurança para que indústrias têxteis possam contar com o algodão brasileiro na composição de sua produção”, disse Snitcovski.

Para o acumulado da temporada 2020/21, que começou em julho de 2020 e vai até junho deste ano, a Anea projeta exportações superiores a 2,3 milhões de toneladas embarcadas. Se confirmado, o volume representará alta de 21% na comparação ao exportado no ano safra 2019/2020, quando o Brasil embarcou 1,910 milhão de toneladas da pluma.

“A temporada da safra 2020 está imprimindo o crescimento das exportações brasileiras de algodão e, consequentemente, elevando sua presença em diferentes mercados consumidores, com forte representatividade no comércio global”, afirmou Snitcovski.

No ciclo 2019/20, o país se consolidou como o segundo maior exportador global de algodão, atrás somente dos Estados Unidos, destaca a Anea. A China, maior importador mundial de algodão, segue como o principal destino das exportações brasileiras da fibra. Além do gigante asiático, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Turquia e Indonésia também figuram como os maiores compradores da pluma.

Fonte: Canal Rural 

Crédito rural: contração em nove meses foi 22% maior na safra 2020/21

Exportações

Segundo o Ministério da Agricultura, de julho do ano passado a março de 2021, os produtores tomaram R$ 169,444 bilhões emprestados.

Os produtores rurais contrataram R$ 169,444 bilhões em crédito rural nos nove primeiros meses da safra 2020/2021 (julho de 2020 a março de 2021), o que representa um aumento de 22% em comparação com igual período da safra anterior 2019/20 (R$ 139,398 bilhões). Os dados são do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, do Ministério da Agricultura.

Desse montante, R$ 90,77 bilhões foram destinados para custeio (aumento de 18%), R$ 53,39 bilhões para investimento (+43%), R$ 15,51 bilhões para comercialização (-3%) e R$ 9,77 bilhões para industrialização (+7%).

Conforme o balanço do ministério, as contratações de crédito rural realizadas pelo conjunto dos pequenos e médios produtores, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) totalizaram R$ 47,1 bilhões, distribuídos em 1.311.710 operações.

Este foi o maior volume de recursos já observado em igual período de safras anteriores, informa o governo. No total contratado desses dois programas, houve um aumento de 11,2%, sendo 17% no Pronaf, e 5% no Pronamp.

Os demais produtores aumentaram acentuadamente sua demanda de crédito para investimentos (61%), sendo que para os pequenos e médios produtores se situou, respectivamente, em 8% e 0,2%.

As contratações totais de crédito rural aumentaram 26%. O aumento na utilização relativa de recursos em fontes não controladas teve crescimento de 32%, principalmente os provenientes da emissão de Letras de Crédito do Agronegócio – LCAs (30%) e os recursos livres (78%), em sua maior parte utilizados por grandes produtores.

No que se refere à utilização de recursos da fonte Poupança Subvencionada no crédito rural, a participação dos demais produtores foi de R$ 14,51 bilhões (43%) no custeio e de R$ 4,23 bilhões (42%) nos investimentos.

No âmbito dos programas de investimento, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), administrados pelo Ministério da Agricultura, os principais destaques, em valor contratado e respectivo aumento, foram o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA): R$ 1,76 bilhão (62%), o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro): R$ 1,56 bilhão (27%), o Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra): R$ 747 milhões (112%) e o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop): R$ 597 milhões (151%).

O diretor do Departamento de Crédito e Informação, Wilson Vaz de Araújo, do Ministério da Agricultura, destacou no comunicado o crescimento de 30% na utilização de recursos das LCAs no crédito rural, do qual participa com 15%, se situando em R$ 26,14 bilhões.

Ele ressaltou, ainda, o elevado crescimento da demanda por crédito rural, notadamente para investimentos. “Isso resulta do bom desempenho do setor agropecuário, evidenciado pelo aumento de suas exportações em 2020 e no início de 2021, pela previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para a atual safra 2020/21, 272,3 milhões de toneladas de grãos, aumento de 6%, e pela estimativa do Valor Bruto da Produção, que deverá atingir mais de R$ 1,0 trilhão em 2021”, conclui.

Fonte: Canal Rural

Exportação de milho cai 38% em relação a março de 2020

Milho

Competição com a soja nos portos, preços internos mais altos e pouca oferta desestimulam os embarques do milho.

O Brasil exportou 294,5 mil toneladas de milho em março, 38% a menos do que em igual mês do ano passado, quando foram embarcadas 472,7 mil toneladas do cereal. A receita com as vendas ao exterior no mês passado atingiu US$ 74,9 milhões, 17% abaixo do verificado em março de 2020, US$ 89,9 milhões.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia e consideram milho não moído, exceto milho doce.

O volume exportado em março aponta a natural desaceleração dos embarques ao longo do primeiro semestre. Em fevereiro, o país embarcou 822,9 mil toneladas de milho, 142% mais do que em fevereiro de 2020.

No acumulado do ano, o Brasil já enviou ao exterior cerca de 3,666 milhões de toneladas de milho, 25,5% acima dos 2,920 milhões de toneladas exportadas nos três primeiros meses de 2020.

A receita acumulada entre janeiro e março de 2021, de US$ 1,188 bilhão, supera em 128,6% a apurada em igual intervalo de 2020, de US$ 519,6 milhões.

Em março, o preço médio pago por tonelada de cereal exportada foi de US$ 254,30, 33,8% acima dos US$ 190,10 por tonelada verificados em março do ano passado. O valor também é 17,2% maior do que o apurado em fevereiro deste ano, de US$ 217.

O que levou à queda na exportação do milho?

Segundo o analista de mercado Vlamir Brandalizze, o recuo nos embarques do cereal pode estar ligado a três fatores: a menor oferta de milho nesta safra; o aumento das exportações de soja, que começaram a ganhar ritmo este mês após atraso na colheita; e os preços do mercado doméstico acima do que os exportadores estão ofertando, fazendo com que o cereal fique no Brasil.

Fonte: Canal Rural

Agricultura brasileira é modelo de desenvolvimento para outros países da faixa tropical do globo

Ciência aliada à sustentabilidade é o caminho para a segurança alimentar e, consequentemente, para a paz mundial

O modelo de agricultura tropical, baseado em ciência, tecnologia e inovação implementado no Brasil, que tornou o País um dos principais atores mundiais do setor, é o caminho para fortalecer os países em desenvolvimento do cinturão tropical, afirmaram especialistas reunidos hoje (22/3) na abertura do AgriTrop 2021 – Semana Internacional da Agricultura Tropical, organizada pela Embrapa e pelo Instituto Internacional de Cooperação para a Agricultura (IICA). O evento conta com mais de 1.000 inscritos que até sexta-feira (26/03) vão acompanhar as contribuições de especialistas de vários países sobre tecnologias de base sustentáveis voltadas ao desenvolvimento da agricultura tropical e segurança alimentar.

As mudanças climáticas e o mundo pós-pandemia foram mencionados como desafios que levam à necessidade de estreitar cooperação entre as nações em prol da redução de desigualdades sociais. “A agricultura tropical é um dos caminhos para reduzir a fome e garantir a paz e a segurança alimentar nos países das Américas, África e Ásia”, disse o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz em 2021 e o homenageado do AgriTrop2021.

Segundo Paolinelli, o Brasil é o exemplo concreto de que a ciência é capaz de transformar realidades. Importador de alimentos na década de 1970, o País é hoje uma potência agrícola mundial, responsável pela alimentação de 800 milhões de pessoas em mais de 160 países. O Cerrado brasileiro, considerado improdutivo, é um dos destaques em produtividade na agricultura e responde por 60% da produção de grãos nacional. Para ele, é fundamental que haja mobilização mundial entre as nações para levar conhecimento, tecnologia e inovação aos países mais pobres da franja tropical. “Onde há fome e desigualdade, não há paz. A agricultura é a base da segurança alimentar e da paz mundial”, destacou o ex-ministro, lembrando que os problemas enfrentados em alguns países impactam os conflitos mundiais. “Por isso, reforço que os esforços em prol do desenvolvimento agrícola das Américas, Ásia e África é um problema de todos e deve envolver ações em conjunto e busca de recursos em agências de fomento mundiais. Eu tenho um sonho, mas não sou o único, vamos sonhar juntos?”, questionou Paolinelli.

A realização da Semana Internacional de Agricultura Tropical é o primeiro passo nesse sentido, como explicou o presidente da Embrapa, Celso Moretti. “Nesse evento, vamos contar com mais de 20 especialistas de vários países para compartilhar expertises na área de agricultura tropical”, lembrou.

O diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, sugeriu institucionalizar a Semana Internacional de Agricultura Tropical, como forma de não apenas aumentar ganhos científicos e tecnológicos do Brasil, conseguidos por meio dessa modalidade, como também estender a outros países e ofereceu o IICA para se envolver neste objetivo. “Com seu potencial, a Semana Internacional de Agricultura Tropical pode e deve se transformar em um grande movimento irradiador da saga fenomenal que o Brasil experimentou nos últimos 50 anos principalmente para nossa região e especialmente para os países da franja tropical da América”, propôs.

“Temos uma oportunidade de ouro para levar os conhecimentos e inovações do Brasil a países da América que necessitem de insumos para garantir a segurança alimentar de suas populações, aumentar a produtividade, deter a migração para as cidades e iniciar um ciclo virtuoso que melhore a renda dos produtores e posicione os territórios rurais como zonas de progresso e oportunidade”, completou Otero.

O diretor do IICA chamou a atenção também para o fato de que o evento reunirá subsídios para a Cúpula dos Sistemas Alimentares das Nações Unidas, marcada para setembro e que, semanas antes, a Junta Interamericana do IICA, que reúne ministros de agricultura da região, terá uma grande oportunidade par elaborar uma agenda convergente com este objetivo.

O coordenador de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, endossou a iniciativa da Embrapa e do IICA para reforçar a possibilidade concreta de a agricultura alimentar o mundo. “Há um esforço a ser disseminado a países da América Latina, África e Ásia da faixa tropical”, comentou.

Agricultura movida a ciência

Segundo o presidente da Embrapa, a evolução impressionante da agricultura brasileira ao longo das últimas cinco décadas levou a um crescimento sem precedentes no mundo. Ele citou três exemplos significativos que comprovam esse cenário. A cafeicultura cresceu quatro vezes nos últimos 25 anos; a produção de leite saltou de 5 bilhões para 35 bilhões de litros, ou seja um aumento de sete vezes; e a de frango foi ampliada em 65 vezes.

Rodrigues acrescentou que, dos anos 1990 até hoje, a área plantada com grãos no Basil cresceu 80% e a produção de grãos, 370%, mais de cinco vezes a área plantada. “A tecnologia gerou ganhos de produtividade por hectare. Hoje temos 68 milhões de hectares com grãos, fazemos duas e até três safras por ano. Se tivéssemos hoje a mesma produtividade de 30 anos, seriam necessários 110 milhões de hectares para produzir a safra que colhemos em 2020/2021, portanto, a agricultura tropical brasileira é sustentável por definição”, disse.

Otero, que foi representante do IICA no Brasil por duas vezes, contou que foi testemunha ocular da transformação agrícola do País e que hoje, outros países sonham em ter um sistema e uma estrutura dedicada à pesquisa agropecuária como a da Embrapa. “Nos anos 1980, vi um Brasil vulnerável, com oferta reduzida de produtos de exportação, mas 25, 30 anos depois, quando voltei, encontrei outro país”, pontuou.

Moretti reforçou que por trás desses números, está a ciência. As instituições de pesquisa e ensino públicas e privadas, em parceria com a extensão rural, conseguiram desenvolver um sistema robusto de inovação. Três são os pilares responsáveis por essa evolução: a transformação de solos ácidos em férteis; a tropicalização de plantas e animais; e a criação de uma plataforma de produção sustentável. “Graças a esses esforços integrados, conseguimos reduzir o preço da cesta básica em 50%”, complementou Moretti.

Para o presidente da Embrapa, a revolução agrícola no Brasil vivencia atualmente uma nova onda, a da sustentabilidade. O Código Florestal Brasileiro, a Agricultura de Baixo Carbono, os sistemas integrados de produção e técnicas como plantio direto têm garantido e aumentado o desenvolvimento da agricultura tropical sob bases sustentáveis. “Os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que ocupam hoje no País uma área superior a 17 milhões de hectares, aumentam a produtividade, ao mesmo tempo em que incorporam carbono e reduzem a emissão de gases de efeito estufa (GEEs)”, explicou.

“Até 2050, a produção brasileira deve ultrapassar 500 milhões de toneladas de grãos e com a tecnologia provida pela pesquisa agropecuária não precisamos avançar por áreas de florestas e matas nativas. Temos hoje no País uma área de pastagens degradadas de cerca de 60 milhões de hectares, que está sendo incorporada à produção”, pontuou Moretti.

Por fim, ele destacou que a Embrapa apoia incondicionalmente a candidatura de Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz, lembrando que a trajetória do ex-ministro se confunde com a da própria agricultura brasileira. O diretor-geral do IICA complementou, enfatizando que “a transformação da agricultura brasileira é um reflexo da atitude visionária dos protagonistas dessa saga extraordinária, entre os quais se destaca Paolinelli. Ele sempre defendeu a necessidade de desenvolver a agricultura nos trópicos utilizando como fomento o conhecimento científico e o desenvolvimento da institucionalidade com a Embrapa como bandeira”, disse.

“Brasil transformou a agricultura e a agricultura transformou o Brasil”, diz ministra da Agricultura

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, chamou a atenção para a importância das reuniões multilaterais que serão realizadas neste ano, como a Cúpula dos Sistemas Alimentares e a COP 26, que vão discutir formas de acelerar a ação climática e o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável e disse que pretende contar com o IICA e com a Embrapa para os encontros setoriais e intersetoriais que o ministério vai promover para extrair a posição brasileira que será levada as reuniões de cúpula. “Atravessamos um momento decisivo na conjuntura internacional, pois 2021 marca o início da vigência das metas do acordo de Paris e dez anos para o atingimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, lembrou. “Os países estão sendo chamados a anunciar compromissos ambiciosos para galvanizar ações em prol dos objetivos sustentáveis do nosso planeta. O Brasil tem feito a sua parte. Graças ao nosso modelo de agricultura tropical, calcado em inovação, o Brasil é um dos únicos países do mundo capazes de atender ao desafio global de ampliar a oferta de alimentos em consonância com a conservação dos recursos naturais”, disse.

Na avaliação da ministra, nos preparativos para as reuniões multilaterais, “em vez do reconhecimento do papel da agricultura tropical como provedor da segurança alimentar e de serviços ecossistêmicos”, há a utilização de “conceitos excludentes e restritivos que buscam classificar como sustentáveis apenas as práticas agrícolas de países desenvolvidos amparadas por vultosos subsídios que premiam a ineficiência”.

“Temos condições não apenas de contribuir como de liderar os debates internacionais e o país deve uma menção honrosa e um agradecimento a Alysson Paolinelli, que, com seu olhar visionário, sua habilidade política e convicção no poder da ciência, participou da fundação da Embrapa e deu início ao processo de conversão do cerrado que viria a tornar em uma das terras mais produtivas do nosso planeta”.

De acordo com a ministra, o Brasil transformou a agricultura e a agricultura transformou o Brasil. “Colocamos a atividade no cetro de nossas políticas públicas e a sustentabilidade econômica, social e ambiental como norte das nossas atividades produtivas”.  Para ela, o Brasil tem sofrido ataques no cenário internacional que ela qualificou como injustificáveis.

“Se quisermos atingir nossos objetivos climáticos e de desenvolvimento, é imprescindível reconhecermos a diversidade de caminhos para a sustentabilidade, de métodos de produção de dietas e de culturas que perfazem os sistemas alimentares globais. Um mundo sem essa diversidade será um mundo com menos diversidade alimentar, um mundo com fome, um mundo sem paz. A agricultura tropical brasileira não é parte do problema, mas da solução”, concluiu.

Fonte: Embrapa

VBP deve atingir R$ 1,173 trilhão em 2021

Milho

Resultado representa uma alta de 15,8% em relação a 2020

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária, que projeta o faturamento do setor primário (dentro da porteira) deve atingir novo recorde em 2021, de R$ 1,173 trilhão, uma alta de 15,8% quando comparado ao resultado de 2020 (R$ 1,013 trilhão), segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) feita com base em dados de fevereiro.

Na agricultura, a CNA projeta elevação de receita de 18,7% neste ano em relação a 2020, chegando a R$ 777,87 bilhões, reflexo da boa estimativa da safra de grãos, que deve ter uma participação de 52,9% no VBP, e do aumento dos preços da soja (33,5%), milho (28,8%), caroço de algodão (6,2%) e trigo (5,4%).

Já o VBP da pecuária deve chegar a R$ 395,72 bilhões em 2021, 10,3% a mais do que no ano passado, com destaque para a carne bovina, que deve ter um faturamento bruto 19% superior ao de 2020(alcançando R$ 210,38 bilhões), resultado tanto do aumento de preços (11,3%) e da produção (6,3%). O setor de ovos também deve ter expansão, de 4,7% na receita, principalmente pela expansão de oferta.

Apesar de esta projeção ser levemente superior à estimativa referente a janeiro, a CNA ressalta que, no caso da agricultura, “é importante acompanhar o desenvolvimento da segunda safra, uma vez que em grande parte do país ela está sendo plantada fora da janela ideal de plantio, o que pode ocasionar perdas”.

No segmento pecuário, a CNA explica, em Comunicado Técnico, que a boa produção está amparada pela alta demanda mundial por proteínas animais.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA 

Com R$ 61,9 bilhões, Goiás registra maior VBP da agropecuária dos últimos anos

Soja

Crescimento é de 10,4% em relação a 2019, segundo dados apurados pela Secretaria de Agricultura. Os destaques são soja e milho, na agricultura, e bovinos e suínos, na pecuária.

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária, em Goiás, deve chegar a R$ 61,9 bilhões neste ano, crescimento de 10,4% em relação a 2019, de acordo com dados atualizados no mês de agosto. É o maior valor registrado nos últimos anos pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pelo estudo. Também é recorde o VBP no País, que deve alcançar, em 2020, mais de R$ 771,3 bilhões – alta de 10,1% em relação a 2019.

Em Goiás, o VBP Agricultura deve chegar a R$ 41,5 bilhões, aumento de 13,9% em relação ao ano passado e representando 8,0% do VBP nacional da agricultura. A soja é o maior destaque com VBP estimado em mais de R$ 19,3 bilhões, o que representa crescimento de 35,0% em relação ao ano anterior. O VBP da soja, em Goiás, representa 10% do VBP nacional da soja, 46,6% do VBP da agricultura goiana e 31,3% do VBP total do Estado.

Também é destaque o VBP do milho, que deve ser de mais de R$ 8,5 bilhões (crescimento de 26,2% em relação ao ano anterior), que representa 10,4% do VBP nacional do milho e 13,7% do VBP de Goiás. O levantamento também aponta boa participação do Estado no VBP do feijão (mais de R$ 1,4 bilhão, crescimento de 7,5% em relação ao ano passado e 11,5% do VBP nacional do feijão); e do trigo (R$ 103,5 milhões, aumento de 37,1% em relação a 2019 e 1,2% do VBP nacional do trigo).

Em relação à Pecuária, em Goiás, o VBP está estimado em R$ 20,4 bilhões (crescimento de 4,0% em relação a 2019 e 8,1% do VBP nacional da pecuária). O destaque fica por conta do VBP bovino, com R$ 10,3 bilhões, resultado do aumento de 13,7% em relação ao ano anterior, e que representa 9,2% do VBP nacional bovino e 16,6% do VBP goiano. Os suínos têm VBP estimado em mais de R$ 915,2 milhões, representando 4,2% do VBP nacional do suíno e 4,5% do VBP da pecuária goiana.

Segundo o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a taxa de crescimento do VBP da agropecuária, em Goiás, tem se mantido acima da média brasileira, reforçando a força do segmento para a economia goiana. “Esses números positivos são mais que estatísticas, representam o trabalho que é desenvolvido no campo para garantir a produção de alimentos. Apesar de vários fatores terem impactado diferentes setores no mundo e no Brasil, o agro continuou suas atividades e busca contribuir para a retomada econômica no pós-pandemia”, destaca.

Fonte: Seapa
Crédito da Imagem: Wenderson Araujo/Sistema CNA