Participação do agronegócio nas exportações goianas corresponde a 80,6% do total do mês de maio

Exportações

O agronegócio foi responsável por 80,6% do total exportado por Goiás no mês de maio, segundo dados divulgados pelo Comex Stat do Ministério da Economia e compilados pela Gerência de Inteligência de Mercado da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). No mês de maio, do total de 934,7 milhões de dólares exportados pelo Estado, 753,6 milhões de dólares foram oriundos do agronegócio.

O complexo soja lidera o ranking com 550,6 milhões de dólares (71,3%) exportados no mês de maio, seguido pelo complexo carnes 145,7 milhões de dólares (19,3%) e o complexo sucroalcooleiro, com 26 milhões de dólares (3,4%). Também foram destaques as exportações de couros (14,8 milhões de dólares), demais produtos de origem animal, como gelatinas (6,6 milhões de dólares) e cereais, farinhas e preparações (4,5 milhões de dólares).

Os países que mais compraram do agronegócio goiano, no mês de maio, foram a China (462,4 milhões de dólares), Paquistão (39,1 milhões de dólares) e Espanha (33,3 milhões de dólares). Na sequência aparecem Bangladesh (19 milhões de dólares), Tailândia (17,6 milhões de dólares), Estados Unidos (14,3 milhões de dólares) e Hong Kong (12,9 milhões de dólares).

Acumulado do ano

De janeiro a maio, as exportações do agronegócio goiano somam 3,03 bilhões de dólares. Do total, o complexo soja representa 68,3% das exportações do agro (2,07 bilhões de dólares), o complexo carnes 20,4% (618,62 milhões de dólares) e o complexo sulcroalcooleiro 3,8% (114,32 milhões de dólares).

Conforme avalia o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça, o agronegócio tem sido responsável, em boa parte, por manter a economia brasileira competitiva. “Quando falamos do peso das exportações do agro na balança goiana, estamos falando não só de uma economia positiva com geração de divisas ao Estado, mas principalmente na criação e manutenção de empregos, tanto no campo, quanto na indústria, que beneficiam os municípios e sua população”, salienta.

Fonte: Notícias Agrícolas
Seapa/GO

Exportação de milho cai 38% em relação a março de 2020

Milho

Competição com a soja nos portos, preços internos mais altos e pouca oferta desestimulam os embarques do milho.

O Brasil exportou 294,5 mil toneladas de milho em março, 38% a menos do que em igual mês do ano passado, quando foram embarcadas 472,7 mil toneladas do cereal. A receita com as vendas ao exterior no mês passado atingiu US$ 74,9 milhões, 17% abaixo do verificado em março de 2020, US$ 89,9 milhões.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia e consideram milho não moído, exceto milho doce.

O volume exportado em março aponta a natural desaceleração dos embarques ao longo do primeiro semestre. Em fevereiro, o país embarcou 822,9 mil toneladas de milho, 142% mais do que em fevereiro de 2020.

No acumulado do ano, o Brasil já enviou ao exterior cerca de 3,666 milhões de toneladas de milho, 25,5% acima dos 2,920 milhões de toneladas exportadas nos três primeiros meses de 2020.

A receita acumulada entre janeiro e março de 2021, de US$ 1,188 bilhão, supera em 128,6% a apurada em igual intervalo de 2020, de US$ 519,6 milhões.

Em março, o preço médio pago por tonelada de cereal exportada foi de US$ 254,30, 33,8% acima dos US$ 190,10 por tonelada verificados em março do ano passado. O valor também é 17,2% maior do que o apurado em fevereiro deste ano, de US$ 217.

O que levou à queda na exportação do milho?

Segundo o analista de mercado Vlamir Brandalizze, o recuo nos embarques do cereal pode estar ligado a três fatores: a menor oferta de milho nesta safra; o aumento das exportações de soja, que começaram a ganhar ritmo este mês após atraso na colheita; e os preços do mercado doméstico acima do que os exportadores estão ofertando, fazendo com que o cereal fique no Brasil.

Fonte: Canal Rural

MS inova na política agrícola e área de soja expande em 1 milhão de hectares em cinco anos

Soja

A área agrícola dedicada à soja em Mato Grosso do Sul teve expansão de 1.029 milhão de hectares entre as safras 2014/2015 e 2019/2020. Com o aumento de 44%, o Estado chegou a 3.389 milhões de hectares cultivados com o grão na última safra, segundo dados do SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio).

O Siga/MS é coordenado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) junto com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e os números mostram o resultado da política agrícola aplicada pelo Governo do Estado desde 2015.

“Incorporamos ao processo produtivo mais de 1 milhão de hectares e é resultado da política agrícola estadual. Desenvolver novas áreas agrícolas, ampliar a produção nas áreas tradicionais através da pesquisa e tecnologias e consolidar Mato Grosso do Sul com grande importância nacional sempre foram as metas”, afirma o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.

O uso de tecnologias e o avanço nas políticas públicas tem incentivado a implantação da cultura em diversos municípios do Estado que apresentam aptidão agrícola e gradativamente tem aumentado suas áreas de cultivo. Como Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, que expandiu em 76 mil hectares a área dedicada a soja, chegando a 267 mil hectares na última safra.

Também com expansão de 40% da área agrícola está o segundo maior município de MS, Dourados que incorporou 61 mil hectares à soja e atingiu 215,2 milhões de hectares dedicados a cultura na safra 2019/2020. Sidrolândia aparece em terceiro com maior expansão de área, foram 60,4 mil hectares a mais dedicados a soja.

Maracaju é o quarto no ranking e também o município com maior área dedicada à soja em Mato Grosso do Sul. São 315,9 mil hectares cultivados com o grão, sendo 55,2 mil hectares novos nas últimas cinco safras. A Capital desponta em quinto com expressivo crescimento de 144% entre 2015 e 2020, passando de 36,2 mil hectares de soja para 88,1 mil hectares agrícolas.

Em termos percentuais, Bodoquena é o município com mais expansão agrícola no período, com aumento de 1.072%. Água Clara aparece com aumento de 666% enquanto Corumbá e Bataguassu aumentaram as áreas de soja em 652% cada nas últimas cinco safras.

O secretário Jaime Verruck, titular da Semagro, lembra ainda que tal expansão agrícola tem exigido investimentos em infraestrutura por parte do Governo do Estado, para dar condições melhores aos agricultores. Além disso, permite que o Estado atraia investimentos como a Coamo em Dourados, a Lar em Caarapó e a ADM em Campo Grande.

“Vemos claramente o resultado de uma parceria público-privada nestes cinco anos, onde há o espírito empreendedor dos agricultores em produzir mais e melhor, alinhado com a política estadual de fomento do setor que além de empregos, gera riquezas com a atração de novos investimentos que agregam valor a matéria prima e fortalecem a economia estadual”, afirma Verruck.

Fonte: Semagro – MS

Agricultura brasileira é modelo de desenvolvimento para outros países da faixa tropical do globo

Ciência aliada à sustentabilidade é o caminho para a segurança alimentar e, consequentemente, para a paz mundial

O modelo de agricultura tropical, baseado em ciência, tecnologia e inovação implementado no Brasil, que tornou o País um dos principais atores mundiais do setor, é o caminho para fortalecer os países em desenvolvimento do cinturão tropical, afirmaram especialistas reunidos hoje (22/3) na abertura do AgriTrop 2021 – Semana Internacional da Agricultura Tropical, organizada pela Embrapa e pelo Instituto Internacional de Cooperação para a Agricultura (IICA). O evento conta com mais de 1.000 inscritos que até sexta-feira (26/03) vão acompanhar as contribuições de especialistas de vários países sobre tecnologias de base sustentáveis voltadas ao desenvolvimento da agricultura tropical e segurança alimentar.

As mudanças climáticas e o mundo pós-pandemia foram mencionados como desafios que levam à necessidade de estreitar cooperação entre as nações em prol da redução de desigualdades sociais. “A agricultura tropical é um dos caminhos para reduzir a fome e garantir a paz e a segurança alimentar nos países das Américas, África e Ásia”, disse o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, indicado para receber o Prêmio Nobel da Paz em 2021 e o homenageado do AgriTrop2021.

Segundo Paolinelli, o Brasil é o exemplo concreto de que a ciência é capaz de transformar realidades. Importador de alimentos na década de 1970, o País é hoje uma potência agrícola mundial, responsável pela alimentação de 800 milhões de pessoas em mais de 160 países. O Cerrado brasileiro, considerado improdutivo, é um dos destaques em produtividade na agricultura e responde por 60% da produção de grãos nacional. Para ele, é fundamental que haja mobilização mundial entre as nações para levar conhecimento, tecnologia e inovação aos países mais pobres da franja tropical. “Onde há fome e desigualdade, não há paz. A agricultura é a base da segurança alimentar e da paz mundial”, destacou o ex-ministro, lembrando que os problemas enfrentados em alguns países impactam os conflitos mundiais. “Por isso, reforço que os esforços em prol do desenvolvimento agrícola das Américas, Ásia e África é um problema de todos e deve envolver ações em conjunto e busca de recursos em agências de fomento mundiais. Eu tenho um sonho, mas não sou o único, vamos sonhar juntos?”, questionou Paolinelli.

A realização da Semana Internacional de Agricultura Tropical é o primeiro passo nesse sentido, como explicou o presidente da Embrapa, Celso Moretti. “Nesse evento, vamos contar com mais de 20 especialistas de vários países para compartilhar expertises na área de agricultura tropical”, lembrou.

O diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, sugeriu institucionalizar a Semana Internacional de Agricultura Tropical, como forma de não apenas aumentar ganhos científicos e tecnológicos do Brasil, conseguidos por meio dessa modalidade, como também estender a outros países e ofereceu o IICA para se envolver neste objetivo. “Com seu potencial, a Semana Internacional de Agricultura Tropical pode e deve se transformar em um grande movimento irradiador da saga fenomenal que o Brasil experimentou nos últimos 50 anos principalmente para nossa região e especialmente para os países da franja tropical da América”, propôs.

“Temos uma oportunidade de ouro para levar os conhecimentos e inovações do Brasil a países da América que necessitem de insumos para garantir a segurança alimentar de suas populações, aumentar a produtividade, deter a migração para as cidades e iniciar um ciclo virtuoso que melhore a renda dos produtores e posicione os territórios rurais como zonas de progresso e oportunidade”, completou Otero.

O diretor do IICA chamou a atenção também para o fato de que o evento reunirá subsídios para a Cúpula dos Sistemas Alimentares das Nações Unidas, marcada para setembro e que, semanas antes, a Junta Interamericana do IICA, que reúne ministros de agricultura da região, terá uma grande oportunidade par elaborar uma agenda convergente com este objetivo.

O coordenador de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, endossou a iniciativa da Embrapa e do IICA para reforçar a possibilidade concreta de a agricultura alimentar o mundo. “Há um esforço a ser disseminado a países da América Latina, África e Ásia da faixa tropical”, comentou.

Agricultura movida a ciência

Segundo o presidente da Embrapa, a evolução impressionante da agricultura brasileira ao longo das últimas cinco décadas levou a um crescimento sem precedentes no mundo. Ele citou três exemplos significativos que comprovam esse cenário. A cafeicultura cresceu quatro vezes nos últimos 25 anos; a produção de leite saltou de 5 bilhões para 35 bilhões de litros, ou seja um aumento de sete vezes; e a de frango foi ampliada em 65 vezes.

Rodrigues acrescentou que, dos anos 1990 até hoje, a área plantada com grãos no Basil cresceu 80% e a produção de grãos, 370%, mais de cinco vezes a área plantada. “A tecnologia gerou ganhos de produtividade por hectare. Hoje temos 68 milhões de hectares com grãos, fazemos duas e até três safras por ano. Se tivéssemos hoje a mesma produtividade de 30 anos, seriam necessários 110 milhões de hectares para produzir a safra que colhemos em 2020/2021, portanto, a agricultura tropical brasileira é sustentável por definição”, disse.

Otero, que foi representante do IICA no Brasil por duas vezes, contou que foi testemunha ocular da transformação agrícola do País e que hoje, outros países sonham em ter um sistema e uma estrutura dedicada à pesquisa agropecuária como a da Embrapa. “Nos anos 1980, vi um Brasil vulnerável, com oferta reduzida de produtos de exportação, mas 25, 30 anos depois, quando voltei, encontrei outro país”, pontuou.

Moretti reforçou que por trás desses números, está a ciência. As instituições de pesquisa e ensino públicas e privadas, em parceria com a extensão rural, conseguiram desenvolver um sistema robusto de inovação. Três são os pilares responsáveis por essa evolução: a transformação de solos ácidos em férteis; a tropicalização de plantas e animais; e a criação de uma plataforma de produção sustentável. “Graças a esses esforços integrados, conseguimos reduzir o preço da cesta básica em 50%”, complementou Moretti.

Para o presidente da Embrapa, a revolução agrícola no Brasil vivencia atualmente uma nova onda, a da sustentabilidade. O Código Florestal Brasileiro, a Agricultura de Baixo Carbono, os sistemas integrados de produção e técnicas como plantio direto têm garantido e aumentado o desenvolvimento da agricultura tropical sob bases sustentáveis. “Os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que ocupam hoje no País uma área superior a 17 milhões de hectares, aumentam a produtividade, ao mesmo tempo em que incorporam carbono e reduzem a emissão de gases de efeito estufa (GEEs)”, explicou.

“Até 2050, a produção brasileira deve ultrapassar 500 milhões de toneladas de grãos e com a tecnologia provida pela pesquisa agropecuária não precisamos avançar por áreas de florestas e matas nativas. Temos hoje no País uma área de pastagens degradadas de cerca de 60 milhões de hectares, que está sendo incorporada à produção”, pontuou Moretti.

Por fim, ele destacou que a Embrapa apoia incondicionalmente a candidatura de Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz, lembrando que a trajetória do ex-ministro se confunde com a da própria agricultura brasileira. O diretor-geral do IICA complementou, enfatizando que “a transformação da agricultura brasileira é um reflexo da atitude visionária dos protagonistas dessa saga extraordinária, entre os quais se destaca Paolinelli. Ele sempre defendeu a necessidade de desenvolver a agricultura nos trópicos utilizando como fomento o conhecimento científico e o desenvolvimento da institucionalidade com a Embrapa como bandeira”, disse.

“Brasil transformou a agricultura e a agricultura transformou o Brasil”, diz ministra da Agricultura

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, chamou a atenção para a importância das reuniões multilaterais que serão realizadas neste ano, como a Cúpula dos Sistemas Alimentares e a COP 26, que vão discutir formas de acelerar a ação climática e o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável e disse que pretende contar com o IICA e com a Embrapa para os encontros setoriais e intersetoriais que o ministério vai promover para extrair a posição brasileira que será levada as reuniões de cúpula. “Atravessamos um momento decisivo na conjuntura internacional, pois 2021 marca o início da vigência das metas do acordo de Paris e dez anos para o atingimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, lembrou. “Os países estão sendo chamados a anunciar compromissos ambiciosos para galvanizar ações em prol dos objetivos sustentáveis do nosso planeta. O Brasil tem feito a sua parte. Graças ao nosso modelo de agricultura tropical, calcado em inovação, o Brasil é um dos únicos países do mundo capazes de atender ao desafio global de ampliar a oferta de alimentos em consonância com a conservação dos recursos naturais”, disse.

Na avaliação da ministra, nos preparativos para as reuniões multilaterais, “em vez do reconhecimento do papel da agricultura tropical como provedor da segurança alimentar e de serviços ecossistêmicos”, há a utilização de “conceitos excludentes e restritivos que buscam classificar como sustentáveis apenas as práticas agrícolas de países desenvolvidos amparadas por vultosos subsídios que premiam a ineficiência”.

“Temos condições não apenas de contribuir como de liderar os debates internacionais e o país deve uma menção honrosa e um agradecimento a Alysson Paolinelli, que, com seu olhar visionário, sua habilidade política e convicção no poder da ciência, participou da fundação da Embrapa e deu início ao processo de conversão do cerrado que viria a tornar em uma das terras mais produtivas do nosso planeta”.

De acordo com a ministra, o Brasil transformou a agricultura e a agricultura transformou o Brasil. “Colocamos a atividade no cetro de nossas políticas públicas e a sustentabilidade econômica, social e ambiental como norte das nossas atividades produtivas”.  Para ela, o Brasil tem sofrido ataques no cenário internacional que ela qualificou como injustificáveis.

“Se quisermos atingir nossos objetivos climáticos e de desenvolvimento, é imprescindível reconhecermos a diversidade de caminhos para a sustentabilidade, de métodos de produção de dietas e de culturas que perfazem os sistemas alimentares globais. Um mundo sem essa diversidade será um mundo com menos diversidade alimentar, um mundo com fome, um mundo sem paz. A agricultura tropical brasileira não é parte do problema, mas da solução”, concluiu.

Fonte: Embrapa

VBP deve atingir R$ 1,173 trilhão em 2021

Milho

Resultado representa uma alta de 15,8% em relação a 2020

O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária, que projeta o faturamento do setor primário (dentro da porteira) deve atingir novo recorde em 2021, de R$ 1,173 trilhão, uma alta de 15,8% quando comparado ao resultado de 2020 (R$ 1,013 trilhão), segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) feita com base em dados de fevereiro.

Na agricultura, a CNA projeta elevação de receita de 18,7% neste ano em relação a 2020, chegando a R$ 777,87 bilhões, reflexo da boa estimativa da safra de grãos, que deve ter uma participação de 52,9% no VBP, e do aumento dos preços da soja (33,5%), milho (28,8%), caroço de algodão (6,2%) e trigo (5,4%).

Já o VBP da pecuária deve chegar a R$ 395,72 bilhões em 2021, 10,3% a mais do que no ano passado, com destaque para a carne bovina, que deve ter um faturamento bruto 19% superior ao de 2020(alcançando R$ 210,38 bilhões), resultado tanto do aumento de preços (11,3%) e da produção (6,3%). O setor de ovos também deve ter expansão, de 4,7% na receita, principalmente pela expansão de oferta.

Apesar de esta projeção ser levemente superior à estimativa referente a janeiro, a CNA ressalta que, no caso da agricultura, “é importante acompanhar o desenvolvimento da segunda safra, uma vez que em grande parte do país ela está sendo plantada fora da janela ideal de plantio, o que pode ocasionar perdas”.

No segmento pecuário, a CNA explica, em Comunicado Técnico, que a boa produção está amparada pela alta demanda mundial por proteínas animais.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA 

Governo reafirma valor da produção agropecuária acima de R$1 tri em 2021

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil deverá atingir um recorde de 1,032 trilhão de reais em 2021, alta de 12,1% na comparação anual, informou nesta segunda-feira o Ministério da Agricultura.

A pasta elevou em 3% sua projeção em relação ao mês passado, quando já via o VBP em 1,002 trilhão de reais. Em janeiro, o governo federal chegou a indicar o valor da produção abaixo desta marca.

Apesar de impactos climáticos sobre a safra 2020/21 –que atrasou a colheita da soja e o plantio de milho e algodão na “safrinha”– as lavouras devem gerar 708,3 bilhões de reais, com aumento de 15,4% no ano a ano, e a pecuária 323,9 bilhões de reais, alta de 5,4% em relação a 2020.

No mês passado, a projeção para as lavouras era de 688,4 bilhões de reais, enquanto o resultado para a pecuária foi visto em 314,5 bilhões de reais.

Juntos, a soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, são responsáveis por 57,3% do valor de produção

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Brasil deverá atingir um recorde de 1,032 trilhão de reais em 2021, alta de 12,1% na comparação anual, informou nesta segunda-feira o Ministério da Agricultura.

A pasta elevou em 3% sua projeção em relação ao mês passado, quando já via o VBP em 1,002 trilhão de reais. Em janeiro, o governo federal chegou a indicar o valor da produção abaixo desta marca.

Apesar de impactos climáticos sobre a safra 2020/21 –que atrasou a colheita da soja e o plantio de milho e algodão na “safrinha”– as lavouras devem gerar 708,3 bilhões de reais, com aumento de 15,4% no ano a ano, e a pecuária 323,9 bilhões de reais, alta de 5,4% em relação a 2020.

No mês passado, a projeção para as lavouras era de 688,4 bilhões de reais, enquanto o resultado para a pecuária foi visto em 314,5 bilhões de reais.

Juntos, a soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, são responsáveis por 57,3% do valor de produção das lavouras. Segundo a pasta, os aumentos nos valores de soja (30,1%) e milho (21,9%) no comparativo anual são os mais elevados desde o início desta série, em 1989.

A secretaria explicou também que, apesar da importância da ampliação de áreas de cultivo, o crescimento da produção é impulsionado principalmente pelos ganhos de produtividade.

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento.

É calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil.

(Por Nayara Figueiredo)

Fonte: Noticia Agrícolas e Reuters

Embrapa: Brasil será maior exportador de grãos do mundo em cinco anos

Agronegocio

Ranking é liderado pelos Estados Unidos. Brasil é 2ª maior exportador

Responsável por produzir uma quantidade de alimentos que atende a 800 milhões de pessoas em todo o mundo, o Brasil deve continuar ampliando sua contribuição para o abastecimento mundial a ponto de se tornar, nos próximos cinco anos, o maior exportador de grãos do planeta, superando os Estados Unidos. A informação está em levantamento feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),ebc.png?id=1403849&o=nodeebc.gif?id=1403849&o=node

De acordo com a Embrapa, em apenas dez anos a participação do Brasil no mercado mundial de alimentos saltou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões, tendo como destaque carne, soja, milho, algodão e produtos florestais.

“Olhando os dados dos últimos 20 anos (2000 a 2020), a produção brasileira de grãos cresceu 210%, enquanto a mundial aumentou 60%, O Brasil é o quarto produtor mundial, mas o segundo exportador de grãos, basicamente de soja e milho”, disse à Agência Brasil o pesquisador Científico e Gerente de Inteligência da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa, Elisio Contini.

O maior exportador de grãos em 2020 foram os Estados Unidos com 138 milhões de toneladas. O Brasil está em segundo lugar com 122 milhões de toneladas. “Nos próximos 5 anos o Brasil deverá superar os Estados Unidos em exportação. Com base neste histórico e com os elevados preços internacionais dos produtos, a produção do Brasil deverá atingir a 3% de crescimento mundial”, disse.

“E até 2050 a produção brasileira de grãos poderá superar os 500 milhões de toneladas, sendo ainda mais importante para a segurança alimentar do mundo”, acrescentou.

A afirmação tem por base o estudo “O Agro brasileiro alimenta 800 milhões de pessoas”, divulgado recentemente pela Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa, tendo como autores Elisio Contini e Adalberto Aragão.

Contini lembra que a contribuição brasileira para a alimentação das pessoas é expressa de forma direta e indireta, uma vez que parte da produção de soja e milho tem como destino a alimentação de gado e, consequentemente, a produção de carnes e leite.

“A produção de grãos, de 2011 a 2020, cresceu no Brasil 5,33% ao ano, enquanto a do mundo em 2,03% ao ano. Isto significa que o Brasil cresceu mais do que o dobro do mundo”, disse.

Dessa forma, acrescenta o pesquisador, o Brasil tem uma “janela de oportunidades de negócios” por, pelo menos, 20 anos, que deve ser aproveitada. “Afinal, estamos nos tornando uma economia de recursos naturais”.

A situação privilegiada do país se deve, entre outros fatores, à grande quantidade de terras aráveis que se encontram no país. “Parte dos 160 milhões de hectares de pastagens pode ser convertida para a produção de grãos, tem regime de chuvas regulares como nos cerrados, líderes mundiais em tecnologia tropical e agricultores competentes”, argumentou, ao lembrar que as terras disponíveis para agricultura em outros países, como os Estados Unidos, estão praticamente esgotadas.

Além disso, acrescenta ele, já há algumas tecnologias com potencial de aumentar ainda mais a produção nacional, como sementes melhoradas, insumos eficientes, maquinaria da melhor qualidade no mundo e sistemas de produção eficientes como o plantio direto, integração lavoura-pecuária.

“Falta-nos melhoria na infra-estrutura e marketing dos nossos produtos. A solução para a questão ambiental é vital para as nossas exportações”, complementa.

Fonte: Notícias Agrícolas e Agência Brasil

Mato Grosso do Sul inicia 2021 com aumento nas exportações de milho em grão e açúcar em janeiro

Milho

A celulose se mantém como o produto mais exportado no Estado, representando 26,36% da balança comercial. “Apesar da queda de 56% no volume exportado em janeiro na comparação com 2020, o produto não sofre sazonalidade, ou seja, mantem durante todo o ano o volume de envio ao mercado externo”, explica o secretário Jaime Verruck da Semagro.

O milho, que é um produto sazonal, representou 19% das exportações em janeiro de 2021, alcançando 302 milhões de toneladas exportadas, um aumento de 152% no volume enviado ao exterior. A carne bovina aparece como terceiro produto da pauta de exportações, mas viu o volume exportado cair 17% em janeiro.

Milho

A tendência de crescimento das exportações de açúcar se manteve em janeiro, quando o produto passou a representar 10% da balança comercial de Mato Grosso do Sul. Em 2020 o volume de açúcar exportado pelo Estado cresceu cinco vezes, chegando a 1.133 milhão de toneladas e com faturamento de US$ 303 milhões de dólares.

“O resultado mostra o cenário econômico brasileiro um pouco conturbado o que impactou nas exportações, mas vemos uma participação maior de outros países além da China entre os compradores, o que é interessante para o Estado. Apesar das mudanças deste início de ano, nós acreditamos em um recorde de exportações de soja em 2021 e bons resultados com minério e celulose”, explica o secretário Jaime Verruck.

Os números da balança comercial de janeiro mostram ainda, que o Estado é dependente da demanda da China, apesar da maior participação de outros países. No primeiro mês a China importou o correspondente a 15,4% das exportações de MS, seguido pelos Estados Unidos com 8,45%, Egito com 8,11% e Polônia com 5,34%.

Fonte: Semagro-MS e Noticias Agrícolas

Valor Bruto da Produção Agropecuária de 2020 bate recorde e soma mais de R$ 72,5 bilhões em Goiás

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), em Goiás, somou mais de R$ 72,5 bilhões, em 2020. O valor apresenta crescimento de 18,7% em relação ao ano anterior e se torna recorde entre os registros da série histórica, feita desde 1989. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 14 de janeiro, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A cifra coloca Goiás entre os seis maiores estados, em relação ao VBP, com uma participação de 8,3% do total nacional, que foi de R$ 871,3 bilhões.

As lavouras goianas tiveram faturamento de mais de R$ 48,8 bilhões, o que representa aumento de 23,8% em relação a 2019. Já em relação à pecuária, o acréscimo foi de 9,3% em relação ao ano anterior, totalizando VBP de mais de R$ 23,7 bilhões.

Na agricultura, os maiores crescimentos registrados, em relação a 2019, foram nos valores da produção de arroz, soja e milho. O arroz cresceu 57,3% e alcançou VBP de R$ 164,2 milhões (8º lugar no ranking nacional). Já a soja, que teve o segundo maior crescimento (54,8%), foi a produção de maior valor, com o consolidado de R$ 24,6 bilhões; e o milho, que também teve crescimento expressivo, chegou ao faturamento de R$ 10,4 bilhões (aumento de 39,5%). Os VBPs da soja e do milho goianos posicionam o Estado em terceiro lugar nacional, em ambas as culturas.

O tomate foi destaque pela representatividade em relação ao ranking nacional. O fruto mantém o Estado como o maior VBP da produção nacional, em primeiro lugar no ranking, com faturamento de R$ 2,7 bilhões.

Na agricultura, os maiores crescimentos registrados, em relação a 2019, foram nos valores da produção de arroz, soja e milho. O arroz cresceu 57,3% e alcançou VBP de R$ 164,2 milhões (8º lugar no ranking nacional). Já a soja, que teve o segundo maior crescimento (54,8%), foi a produção de maior valor, com o consolidado de R$ 24,6 bilhões; e o milho, que também teve crescimento expressivo, chegou ao faturamento de R$ 10,4 bilhões (aumento de 39,5%). Os VBPs da soja e do milho goianos posicionam o Estado em terceiro lugar nacional, em ambas as culturas.

O tomate foi destaque pela representatividade em relação ao ranking nacional. O fruto mantém o Estado como o maior VBP da produção nacional, em primeiro lugar no ranking, com faturamento de R$ 2,7 bilhões.

Fonte:  Secretaria Agricultura/GO e Notícias Agrícolas

Exportações do agro ultrapassam barreira dos US$ 100 bilhões pela segunda vez

Agronegocio

As exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 100,81 bilhões em 2020, segundo maior valor da série histórica, atrás somente de 2018 (US$ 101,17 bilhões). Em relação a 2019, houve crescimento de 4,1% nas vendas externas do setor.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a expansão foi resultado do aumento do quantum exportado (+9,9%), uma vez que o índice de preço caiu 5,3%. O agronegócio foi responsável por quase metade das exportações totais do Brasil em 2020, alcançando a participação recorde de 48%.

Por outro lado, houve queda de 5,2% nas importações de produtos do agronegócio, cuja cifra foi de US$ 13,05 bilhões. O aumento das exportações e queda das importações resultou em um saldo superavitário de US$ 87,76 bilhões para o setor.

O complexo soja (grão, óleo e farelo) foi o principal produto da pauta exportadora, com US$ 35,24 bilhões e 101,04 milhões de toneladas. As exportações do grão representaram 81,1% do valor exportado e alcançaram o segundo maior montante da série histórica, com US$ 28,56 bilhões e 82,97 milhões de toneladas. A exportação foi maior em valor e quantidade do produto apenas em 2018: US$ 33,05 bilhões e 83,25 milhões de toneladas.

As carnes ocuparam a segunda posição no ranking de setores exportadores do agronegócio em 2020, com US$ 17,16 bilhões. As vendas de carne bovina representaram 49,4% desse montante, com crescimento de 11,1% ante 2019. As exportações de carne bovina in natura registraram recorde em valor (US$ 7,45 bilhões) e quantidade (1,72 milhão de toneladas).

As exportações de carne de frango representaram 34,9% do total exportado pelo setor de carnes nos 12 meses, com US$ 5,99 bilhões. Já as vendas externas de carne suína somaram US$ 2,25 bilhões, do quais 94,1% corresponderam ao produto in natura. O montante registrado nas exportações de carne suína in natura foi recorde histórico, tanto em valor (US$ 2,12 bilhões), quanto em quantidade (901,10 mil toneladas).

Em relação aos compradores, a China adquiriu 73,2% da soja em grão exportada, o que correspondeu a US$ 20,91 bilhões (2,2% superior a 2019). E também foi o principal destino da carne bovina in natura exportada, 54,2% (US$ 4,04 bilhões). O país contribuiu para o crescimento dessas vendas, uma vez que adquiriu US$ 1,35 bilhão a mais do que em 2019 (+50,3%).

Balança comercial em dezembro de 2020

Em dezembro de 2020, as exportações do agronegócio somaram US$ 7,30 bilhões, recuo de 3,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 7,59 bilhões). A queda ocorreu em função da redução do índice de preço e de quantum dos produtos exportados, que caíram 1,1% e 2,7%, respectivamente.

As importações de produtos do agronegócio subiram de US$ 1,21 bilhão em dezembro de 2019 para US$ 1,35 bilhão em dezembro de 2020, alta de 11,5%.

Os destaques do mês foram milho e açúcar. Os embarques de milho foram de 5 milhões de toneladas ou o equivalente a US$ 945,3 milhões (+33,5%).  Três países compraram mais de US$ 100 milhões de milho brasileiro: Egito (US$ 164,39 milhões; +427,4%); Vietnã (US$ 148,32 milhões; +96,8%) e Irã (US$ 119,57 milhões; +91,2%).

As vendas externas de açúcar em bruto foram de US$ 740,08 milhões (+119,3%) ou 2,6 milhões de toneladas. A China foi a maior importadora de açúcar, com US$ 156,84 milhões (+665,3%). Outros países que importaram mais de US$ 50 milhões foram: Argélia (US$ 98,34 milhões; +72%); Malásia (US$ 69,86 milhões); Nigéria (US$ 56,17 milhões; +15,3%) e Emirados Árabes Unidos (US$ 50,69 milhões).

Fonte: MAPA e Notícias Agrícolas